O retorno da última saída temporária dos reeducandos do regime semiaberto no estado de São Paulo foi marcado por uma importante vitória contra a entrada de itens proibidos nos presídios. Graças ao uso de tecnologia avançada, como escâneres corporais e equipamentos de raio-x, 12 casos de tentativas de introdução de ilícitos foram registrados somente na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte.
As ocorrências se concentraram nos municípios de Potim, com três flagrantes, e Tremembé, onde nove reeducandos foram surpreendidos. Ao todo, foram apreendidos 498 gramas de maconha e 271 gramas de cocaína nessa região.
Os itens proibidos foram detectados nas revistas realizadas logo na chegada dos custodiados às unidades prisionais, demonstrando a eficácia dos equipamentos tecnológicos e a atenção dos Policiais Penais ao analisar as imagens geradas pelos escâneres. Segundo relatos, muitos dos ilícitos estavam escondidos no interior dos corpos dos presos ou disfarçados em uniformes, em uma tentativa de burlar a fiscalização.
Casos inusitados pelo estado
Em todo o estado, 72 custodiados foram flagrados tentando entrar com entorpecentes, celulares e acessórios. As apreensões incluem 39 celulares, cerca de 4 kg de maconha, 1 kg de cocaína, 35 gramas de drogas sintéticas e outros materiais proibidos. Um caso curioso ocorreu na unidade de Franco da Rocha, onde um reeducando foi descoberto tentando entrar com celular e componentes escondidos em uma bengala de metal.
Além disso, em algumas situações mais graves, como nas penitenciárias de Limeira e Hortolândia II, os reeducandos precisaram ser levados a unidades hospitalares para a remoção dos ilícitos.
Impacto da tecnologia e desafio contínuo
A implementação de escâneres corporais e raio-x nos presídios do estado tem sido uma ferramenta essencial para coibir o ingresso de itens proibidos, especialmente após benefícios como as saídas temporárias. A tecnologia, aliada ao trabalho especializado dos Policiais Penais, mostra como inovação pode ser determinante para garantir a segurança dentro do sistema prisional.
Por outro lado, os números reforçam que o desafio de barrar os ilícitos é constante, exigindo um aprimoramento contínuo das estratégias de fiscalização e a ampliação de investimentos tecnológicos. As apreensões demonstram a necessidade de medidas rigorosas para evitar que os presídios sejam palco de atividades criminosas.
Com a atuação efetiva da fiscalização, o retorno dos reeducandos pode ser monitorado de forma mais eficiente, contribuindo para a manutenção da ordem nos presídios e a segurança da sociedade como um todo.
Por: Melquisedeque J. Santos
Vale Jornalismo Online
