Uma tragédia abala Itanhaém, litoral de São Paulo: uma mulher de 49 anos, liberada da Unidade de Pronto Atendimento local no dia seguinte à sua admissão, morreu de dengue em casa, marcando a segunda morte confirmada pela doença na cidade em 2024.
A vítima, cuja identidade não foi divulgada, procurou atendimento médico em 1° de abril, apresentando sintomas típicos da dengue. Apesar de liberada em 2 de abril, seu estado piorou rapidamente, culminando em sua morte no dia seguinte. A confirmação da causa veio da Secretaria Estadual de Saúde, que apenas nesta terça-feira (23) divulgou o resultado positivo para dengue.
Itanhaém, juntamente com outras cidades da Baixada Santista, vem enfrentando um surto severo da doença. Só neste ano, a região já contabiliza mais de 9.111 casos confirmados, com a situação se agravando também em municípios vizinhos.
Especialistas em saúde pública expressam preocupação com a rapidez da progressão da doença e questionam se os critérios de liberação de pacientes estão sendo suficientemente rigorosos. "Precisamos revisar nossos protocolos para garantir que não estejamos enviando pacientes para casa antes de estarem verdadeiramente estáveis," comenta um infectologista que prefere não ser identificado.
A comunidade local, já em alerta pelo crescente número de casos, reage com temor e indignação. Iniciativas de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti têm sido intensificadas, com mutirões de limpeza e campanhas de conscientização sendo realizadas frequentemente.
Este não é um caso isolado. Em toda a Baixada Santista, outras mortes têm sido relatadas, incluindo um homem de 77 anos em Peruíbe e dois homens em Guarujá, reforçando a severidade do surto atual.
O aumento alarmante no número de casos e mortes por dengue na região lança um duro alerta sobre a necessidade de vigilância constante e melhoria contínua dos serviços de saúde pública. Este triste evento serve como um lembrete crítico da letalidade da dengue e da importância de uma resposta rápida e eficaz no tratamento e prevenção.
Diante dessa crise, autoridades e cidadãos são convocados a unir esforços no combate à dengue, buscando estratégias mais efetivas para monitoramento, tratamento e, principalmente, prevenção da doença, para que tragédias como a de Itanhaém não se repitam.
Fonte: g1 Santos
Por: Melquisedeque J Santos
