09 de out de 2023 - 17:11:04

Para entender por que muitos evangélicos se posicionam fortemente a favor de Israel, é essencial mergulhar nas crenças bíblicas que moldam sua fé. Há pelo menos quatro razões fundamentais que impulsionam essa postura. Contudo, as duas mais destacadas e abordadas aqui são a fé inabalável nas promessas de Deus e a interpretação das profecias bíblicas.

Segundo a Bíblia, Deus prometeu abençoar aqueles que abençoassem Israel e sua descendência. Esta promessa é encontrada em versículos como Gênesis 27.29, Números 24.9 e Gênesis 12.1-3. A origem dessa promessa divina reside na crença de que, através de Israel e de uma virgem, o Messias, conhecido pelos cristãos como Jesus Cristo, seria apresentado ao mundo, conforme descrito em Isaías 7.14. Jerusalém, por sua vez, é vista como o coração espiritual de Israel, sendo estabelecida como sua capital e o principal local de adoração ao Senhor, conforme 1 Crônicas 23.25. Aqueles que demonstram amor por Jerusalém e oram por sua paz são agraciados com promessas de prosperidade, como expresso em Salmos 122.6-9.

No Novo Testamento, a relação de Deus com Israel adquire uma nova dimensão. Após a vinda de Jesus, a exclusividade de Israel como povo escolhido se expande para abranger todos os povos, os gentios. Porém, isso não implica no abandono ou rejeição de Israel. Em sua carta aos Romanos, Paulo afirma que a salvação de Deus é agora estendida a todos, sem distinção, conforme Romanos 10.12.

Este período, onde a salvação se torna acessível aos gentios, é frequentemente denominado "O Tempo dos Gentios". Esta era teve início com a morte e ressurreição de Jesus e, de acordo com as escrituras, chegará ao fim com o retorno de Jesus para reunir os cristãos. A profecia sugere que um sinal do término desse tempo seria o restabelecimento do Estado de Israel. Esse cumprimento profético foi observado no século XX, mais precisamente em 1948, acompanhado de outros eventos significativos, como a Segunda Guerra Mundial e a invenção do computador.

A profecia bíblica vai além e aponta que a segunda vinda de Jesus será marcada pela libertação completa de Jerusalém do domínio dos gentios, conforme descrito em Lucas 21.24. Dessa forma, a perspectiva de que o total restabelecimento de Israel, incluindo o reconhecimento de Jerusalém como capital, é crucial para a realização desta profecia, tornando-se uma motivação poderosa para muitos evangélicos que apoiam Israel. Eles acreditam que, ao defender Israel e suas reivindicações, estão manifestando sua fé e esperança no cumprimento profético para a igreja de Jesus.

 Por: Melquisedeque J Santos