Um pastor evangélico da cidade de João Pessoa, localizada no bairro de Mangabeira, está sob investigação policial após ser acusado de estelionato e suspeita de aplicar um golpe estimado em R$ 3 milhões contra fiéis de sua igreja. Além disso, a congregação também foi vítima de um furto que resultou em perdas avaliadas em R$ 17 mil. Até o momento, já foram identificadas 35 vítimas desse esquema.
O pastor em questão, identificado como Péricles Cardoso de Melo, é suspeito de utilizar sua posição de liderança religiosa e a confiança dos fiéis para enganá-los. Segundo relatos das vítimas, ele persuadia os membros da igreja a emprestarem dinheiro em espécie, entregar cartões bancários com senhas, cheques e notas promissórias. Além disso, foram feitos financiamentos de veículos em nome de alguns fiéis, comprometendo-se a devolver o dinheiro mensalmente, mas essa devolução nunca ocorreu.
A investigação do caso foi iniciada após o pastor presidente da Assembleia de Deus em João Pessoa, responsável por 150 igrejas associadas, registrar um boletim de ocorrência e informar às autoridades sobre as suspeitas de golpes aplicados pelo pastor Melo. Desde o dia 12, o pastor acusado não tem comparecido à igreja, o que chamou a atenção das autoridades.
A Assembleia de Deus na Paraíba, por meio de uma nota oficial, confirmou as acusações de estelionato e furto contra o pastor. Em decorrência das evidências apresentadas em uma reunião, ele foi afastado de suas funções eclesiásticas. Além disso, a denominação abriu um procedimento disciplinar administrativo e acionou as autoridades competentes para aprofundar as investigações e apurar todas as denúncias.
A superintendente da Polícia Civil de João Pessoa, Sileide Azevedo, afirmou que o inquérito policial está em andamento e que já foram colhidos depoimentos das vítimas para dar prosseguimento às investigações.
A situação tem gerado preocupação e revolta entre os fiéis afetados pelo golpe, bem como na comunidade religiosa em geral, que busca respostas e justiça diante dessas ações ilegais praticadas por quem detinha a confiança e liderança dentro da igreja. As investigações seguirão para esclarecer todos os fatos e responsabilizar o pastor suspeito por seus atos.
Fonte: G1
Por: Melquisedeque J Santos
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