Uberlândia, Triângulo Mineiro - Um caso polêmico envolvendo um pastor de 42 anos tem abalado a comunidade local. O religioso, identificado como Alécio Gomes, foi indiciado por sequestro após alegações de que ele e um cúmplice, Dennys Alves, sequestraram uma mulher com o objetivo de interná-la à força em Abadia de Goiás.
O episódio aconteceu em junho, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recebeu uma denúncia de que um carro havia passado por um pedágio em Itumbiara com uma mulher amarrada no banco de trás, clamando por socorro. A denúncia levou à prisão da dupla em Morrinhos. No entanto, após o pagamento de fiança, ambos foram liberados. Em um desdobramento chocante, Alécio Gomes foi posteriormente preso em agosto por suspeita de envolvimento na morte de um paciente.
De acordo com os relatos, o plano de sequestro foi executado sob o pretexto de ajudar a vítima com sua dependência química. No entanto, o testemunho da mulher contradiz essa versão, alegando que após uma discussão com seu marido, ela buscou refúgio na casa de sua mãe e foi subsequentemente sequestrada e forçada a ingerir medicamentos. Durante o sequestro, alega-se que ela foi estrangulada para induzi-la a tomar o comprimido.
Em seu depoimento, o pastor Gomes defendeu que o sequestro ocorreu a pedido do marido da vítima devido à sua dependência. Alves, por sua vez, afirmou que estava ali para auxiliar o pastor.
Com a gravidade das acusações, a investigação sobre Alécio Gomes e Dennys Alves intensifica-se, particularmente com o indiciamento subsequente de Gomes em relação à morte de um paciente. A comunidade agora aguarda mais esclarecimentos sobre o caso, que levanta preocupações sobre o uso da religião como pretexto para atividades criminosas.
Por: Melquisedeque J Santos
