Um cenário de desolação e destruição marca o estado do Rio Grande do Sul após a passagem de um ciclone extratropical no início desta semana. Pelo menos 80 cidades foram severamente afetadas pelo fenômeno natural, gerando um cenário devastador que levou o governo federal a decretar, na quinta-feira (7), estado de calamidade pública na região.
As consequências do ciclone se tornam ainda mais evidentes quando observamos os números: 41 vítimas fatais e 25 pessoas ainda desaparecidas, de acordo com os últimos dados divulgados pela Defesa Civil. A maioria destas ocorrências foi registrada no Vale do Taquari. Além disso, mais de 6 mil moradores estão desabrigados, e estima-se que 61 mil pessoas foram afetadas direta ou indiretamente pela tragédia.
No meio desse cenário de adversidade, a fé se faz presente. Diversas igrejas da região foram afetadas, mas a solidariedade e o espírito de comunidade prevalecem. Em Roca Sales, o templo da Igreja Assembleia de Deus foi completamente devastado. A água levou consigo o telhado, bancos, cadeiras e até mesmo instrumentos musicais que adornavam o local de culto. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o grau de destruição, com águas alcançando alturas impressionantes e deixando um rastro de prejuízos.
No entanto, em meio ao caos, surge a esperança. A Convenção estadual da denominação, CIEPADERGS, iniciou uma campanha de arrecadação para não só reconstruir a igreja, mas também auxiliar as famílias que foram prejudicadas. Em um comunicado, a Convenção pediu orações e solidariedade: “Nos solidarizamos com todos os nossos irmãos que, de alguma forma, foram prejudicados pelas chuvas torrenciais que atingiram o nosso estado e oramos para que o Senhor tenha misericórdia de nosso Rio Grande”.
A mobilização das igrejas na região é um sinal da força da comunidade e da fé inabalável de seus membros, mesmo diante das adversidades. A tragédia de proporções assustadoras reforça a necessidade de união e colaboração, seja através de orações ou de auxílio material.
Assim, enquanto as águas começam a recuar, e a reconstrução se inicia, o Rio Grande do Sul se une em oração e em ações concretas, mostrando que, mesmo diante das maiores tempestades, a fé e a solidariedade podem reconstruir esperanças e vidas.
Por: Melquisedeque J Santos
