Por Melquisedeque de Jesus Santos MTB 0098469 - Vale Jornalismo Online
Ahmedabad (Índia) – O mundo amanheceu em choque nesta quinta-feira (12), após a queda de um avião da companhia aérea Air India minutos após decolar da cidade de Ahmedabad, no oeste da Índia. A aeronave, um Boeing 787 Dreamliner que operava o voo AI171 com destino a Londres Gatwick, levava 242 pessoas a bordo — entre elas, dois pilotos, dez tripulantes e 230 passageiros, incluindo crianças e bebês.
O acidente ocorreu às 13h39 no horário local (5h09 de Brasília), fora do perímetro do aeroporto, em uma área densamente povoada do bairro de Meghani Nagar. Segundo autoridades da aviação civil indiana, o avião emitiu sinal de emergência (MAYDAY) segundos após a decolagem, reportando falha mecânica crítica. Testemunhas relataram que o avião perdeu altitude rapidamente antes de colidir contra o prédio de um albergue estudantil próximo ao B.J. Medical College.
Chamas, fumaça e desespero
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o impacto e as chamas consumindo parte da fuselagem. O incêndio, alimentado pelo combustível necessário para o trajeto internacional, espalhou-se rapidamente e dificultou o trabalho das equipes de resgate.
A Força Nacional de Resposta a Desastres (NDRF), bombeiros e ambulâncias foram acionados em operação emergencial. Ao menos 30 corpos já foram localizados, e dezenas de feridos estão hospitalizados em estado grave. O número total de vítimas, incluindo possíveis mortos no solo, ainda está sendo apurado.
Quem estava a bordo
De acordo com a lista preliminar de passageiros, havia 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. Entre os nomes confirmados está o do ex-ministro-chefe do estado de Gujarat, Vijay Rupani. A Air India ainda não divulgou oficialmente a lista com os nomes das vítimas fatais.
Declaração oficial
Em nota divulgada à imprensa, o presidente da companhia, Natarajan Chandrasekaran, lamentou profundamente o ocorrido:
“Com profundo pesar, confirma-se que o voo 171 da Air India, que seguia de Ahmedabad para Londres Gatwick, se envolveu num acidente trágico hoje. Nossos pensamentos e condolências estão com as famílias e entes queridos de todos os afetados por este evento devastador.”A empresa ativou um centro de emergência para atendimento às famílias e oferece suporte psicológico e logístico.
Investigação e segurança
A Direção Geral de Aviação Civil (DGCA) da Índia e o AAIB (órgão independente de investigação de acidentes aéreos) iniciaram os procedimentos de apuração. Representantes da fabricante Boeing já se deslocaram para a Índia para colaborar com as autoridades.
Este é o primeiro acidente fatal envolvendo um Boeing 787 Dreamliner desde que o modelo foi lançado, em 2011. A aeronave em questão operava desde 2014 e havia passado por manutenção regular, segundo a companhia.
Impacto global
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, expressou solidariedade às famílias e determinou investigação rigorosa. Autoridades britânicas também se manifestaram, já que o voo tinha como destino Londres e mais de 50 britânicos estavam a bordo.
Especialistas em aviação afirmam que este episódio pode desencadear uma nova onda de revisão nos protocolos de segurança e manutenção de aeronaves internacionais.
Análise: a fragilidade da confiança
A tragédia lança um alerta sobre os riscos inerentes à aviação comercial — mesmo em aeronaves modernas, altamente seguras, como o Boeing 787. Ainda que o setor aéreo seja estatisticamente o mais seguro do mundo, acidentes como esse nos lembram da importância de aprimorar continuamente os sistemas, as inspeções e a capacitação das tripulações.
O que vem a seguir
• Publicação do relatório preliminar da investigação;
• Atualização do número de mortos e sobreviventes;
• Repercussão internacional e impactos na indústria aeronáutica.
A equipe do Vale Jornalismo Online segue acompanhando todos os desdobramentos.
Matéria em atualização.